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Friday, July 20, 2012

Aulas de Árabe


Ofereço em Lisboa/Portugal:
- Aulas individuais, ou para pequenos grupos
- Níveis básico, intermediário e avançado
- Conversação (coloquial, ou literário) e escrita (clássico)
- Traduções: Português/Árabe, Árabe/ Português

Contatos através do e-mail:
dra_fatimayahya@hotmail.com

O árabe clássico ou literário ( الْعَرَبِيَّةُ الْفُصْحَى ), é a forma "erudita" do idioma, a qual se aprende na escola, e cujas fontes estão nos clássicos da língua. É hoje utilizada tanto nos meios académicos, nos círculos literários e nas cerimónias de caráter solene e religioso, assim como nos meios de comunicação (rádio, televisão, jornais e revistas). 

O grau de compreensão dessa modalidade do árabe depende dos estudos e da interação do indivíduo com os meios em que a mesma é utilizada.

Por sua vez, o árabe dialetal ou coloquial ( الْعَرَبِيَّةُ الْعَامِّيَّة ) é a modalidade de expressão que se emprega em ambientes informais, com a família e os amigos, nas conversas cotidianas, no comércio, geralmente na música, e, ao contrário da sua variante erudita, passa por constantes mudanças e adaptações, variando de país para país, de região para região. Sendo uma forma de expressão mais "natural", pois se aprende desde a infância, é o árabe cuja proficiência do indivíduo depende, para os não naturais, de uma convivência e adaptação cultural a um determinado contexto arabófono.

Apesar dessa diferenciação, claramente definida no aprendizado da língua, a realidade é que, no seu uso prático, ambas as formas de expressão se combinam, com preponderância ora da linguagem literária, ora da forma mais popular - de acordo com a necessidade de uma situação mais ou menos formal. O ideal para alguém que se proponha a uma experiência transcultural, com ênfase no contato e na convivência com um povo árabe, seria necessário tanto o estudo do árabe clássico como do coloquial, a fim de que tivesse acesso a todos os níveis de conversação.



Há vidas que por vontade eu canto, Há vidas que por maldade eu conto. Por muitos lugares andei. Em muitos lugares morei. Muitas vidas vi passar, por isso estou aqui pra lhe contar a minha história, experiencias e vivencias.

Nasci de mãe alemã e pai árabe palestino, muçulmano. Com mais ou menos 5 aninhos mudamos para o Kuwait (Oriente Médio), uma experiência única.

Morei entre o Kuwait e outras cidades do Oriente Médio como Jordânia, Líbano, Síria ou Damascos, Iraque, Israel ou "Palestina". Lugares estes que me deram esta vasta experiencia de vida, cultura, e costumes diferentes.

Eu costumo dizer que já não sou árabe, muito menos alemã, mas sim um cidadão do mundo. Gosto muito de viajar, de conhecer culturas e povos diferentes. Identifico-me com a multiculturalidade e os multilinguismos.

Continuo deslumbrada com os lugares que este nosso Planeta tem para nos oferecer e que por vezes tão mal tratamos. Lugares de diferentes costumes e tradições milenares. Amo de paixão mergulhar na aventura e no desconhecido!

Thursday, July 19, 2012

História Península Ibérica


A Península Ibérica, actual território de Portugal e Espanha, foi conquistada pelos árabes entre os anos de 711 e 713 com a vitória do berbere Tarique ibn Ziyad, na batalha de Guadalete ou Guadibeca. Os invasores chamaram o novo espaço de Al-Garb ou Al-Andalus.

A dominação islâmica não teve a mesma duração nem as mesmas repercussões em todas as zonas. Foi fraca nas Beiras, a norte do rio Douro, e na região onde viria a se constituir o Condado Portucalense, embora aí se tenham fixado, em maior ou menor número, tribos muçulmanas, sobretudo as de origem berbere.

O pequeno reino cristão das Astúrias, formado por Asturos, Cântabros e Hispano-Godos, conseguiu em 754 expulsar definitivamente os muçulmanos para o sul do Douro. De facto, foi no sul de Portugal que o Islã deixou marcas profundas comparáveis à contribuição da presença romana na estrutura do que mais tarde seria a civilização portuguesa.

Na Estremadura desenvolveram-se os centros urbanos de Al-Usbuna (Lisboa) e Santarin (Santarém). No Baixo Alentejo as cidades de Baja (Beja) e Martula (Mértola) e no Algarve onde a presença muçulmana se manteve por seis séculos, surgiram Silb (Silves) e Santa Mariya Al-Harum (Faro). 

Os árabes, designação genérica de um conjunto de populações berberes, sírias, egípcias e outras, substituíram os antigos senhores visigodos. Mostraram-se em geral tolerantes com os usos e costumes locais, admitindo as práticas religiosas das populações submetidas e criando condições para os frutíferos contactos econômico e cultural que se estabeleceram entre cristãos e muçulmanos.

Os vestígios materiais da longa permanência muçulmana ficam aquém das expectativas, principalmente porque a política cristã de reconquista foi a de "terra arrasada". Cada localidade retomada aos árabes era destruída e os objectos e construções queimados em fogueiras que ardiam durante dias. Mas restaram alguns elementos que atestam este período da vida portuguesa principalmente nas muralhas e castelos bem como no traçado de ruelas e becos de algumas cidades do sul do país.

Não restaram grandes monumentos, fato que se explica pela situação periférica do território português em relação aos grandes centros culturais islâmicos do sul da península.

A igreja matriz de Mértola é a única estrutura em que se reconhecem os traços de uma mesquita. São testemunhos da ascendência árabe os terraços das casas algarvias, as artes decorativas, os azulejos, os ferros forjados e os objectos de luxo: tapetes, trabalhos de couro e em metal. Com a tradução de inúmeras obras científicas, desenvolveram-se a química, a medicina e a matemática, sendo de origem árabe o sistema de numeração ocidental. 

A influência árabe foi particularmente importante na vida rural, sendo determinante o desenvolvimento de técnicas de regadio a partir de usos peninsulares e romanos. 

Através da introdução de novas plantas como o limoeiro, a laranjeira azeda, a amendoeira,   o arroz, a oliveira, a alfarrobeira e a plantação de grandes pomares (são famosos os figos e uvas do Algarve e as maçãs de Sintra) foi reforçada a vocação agrícola na região mediterrânea.

A ocupação islâmica não provocou alterações na estrutura linguística que se manteve latina, mas contribuiu com mais de 600 vocábulos, sobretudo substantivos referentes a vestuário, mobiliário, agricultura, instrumentos científicos e utensílios diversos.
As constantes lutas internas, além das cíclicas tentativas de fragmentação do estado islâmico peninsular, contribuíram para o avanço cristão que, lentamente, foi empurrando os muçulmanos para sul. A luta entre cristãos e muçulmanos arrastou-se, com avanços e recuos, ao longo de seis séculos, sendo os Algarves acrescentado ao território português em 1249, no reinado de Afonso III.

Os numerosos descendentes dos árabes que, após a Reconquista, permaneceram em Portugal, viviam nas mourarias, arrabaldes semi-rurais junto dos muros das cidades e vilas, das quais se conserva a memória, nos nomes e nas plantas de mais de vinte localidades, como Lisboa e muitas outras ao sul do Tejo.


Sobre a língua árabe


O Árabe escreve-se da direita para a esquerda e de cima para abaixo e não tem nem maiúscula nem caracteres de impressão diferentes das da caligrafia; tem 28 letras que se escrevem ligadas excepto 6.   

O alfabeto árabe é o 2º alfabeto mais usado no mundo depois do alfabeto latino.

É a 5ª língua no mundo em termo de número dos falantes e previsto ser 3 língua mundial em 2050 depois do chinês e hindi.

É a 3ª língua no mundo em termo de número de países em que o Árabe é língua oficial;

É a língua oficial de 22 países árabes (Arábia Saudita, Argélia, Bahrein, Comoros, Djibuti, Egipto, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Mauritânia, Marrocos, Omã, Palestina, Qatar, Somália, Sudão, Síria, Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Iémen);

É uma língua oficial/nacional /segunda língua em Chad , Eritreia, Israel, Mali, Senegal;

É língua oficial em várias organizações internacionais como: as Nações Unidas, a Liga Árabe, a Organização da Conferência Islâmica, a União Africana, a União do Magreb Árabe, a Cruz Vermelha, a Crescente Vermelha.

É 7ª língua usada na Net segundo as estatísticas do Internet World Stats, feitas em Setembro 2008.

O árabe é a língua da maior parte da população do nosso planeta

O Árabe é a língua oficial em 22 países, falada por mais de 250 milhões de pessoas. É também muito usada em muitos países Islâmicos, porque é uma língua espiritual Islâmica - uma das maiores religiões em todo o mundo (fala-se aqui de mais de 1 bilião de pessoas). É também uma língua permanente da Organização da Nações Unidas (O.N.U.).

Hà milhões de anos que pequenas são as alterações feitas ao árabe e foi apropriada para cada época e para a quantidade incontável de civilizações que a usaram como língua nativa. É um facto que o árabe teve grande influência em muitas línguas do presente. Talvez a contribuição mais obvia para a humanidade seja a numeração (0, 1, 2, 3.), sem referir as inumuras palavras que tiveram origem no árabe e que são usadas hoje por muitas outras línguas (por exemplo as palavras: algorítimo, algebra, café, zero, açúcar, etc…).

Porque ficou esta língua viva por milhares de anos, quando outras línguas, como por exemplo o grego, não o ficaram? A razão principal, foi por ser a língua árabe do sagrado Corão, e que assim manteve a língua por mais de 1400 anos na civilização Islâmica.

Nota da tradutora: A sacralidade da língua árabe, como meio de propagação da Palavra, dá-se inicialmente na escrita, enquanto a língua oral permite uma manifestação no tempo do Texto Eterno. O próprio Alcorão confere à escrita e à caligrafia (em árabe expressas significativamente pela mesma e única palavra khat) a máxima dimensão hierática, sobrelevando o cálamo que as produz

http://www.arabion.net/portogues/learnarabic_p.html

Al-Kindi, uma das doze mentes mais brilhantes da idade média.


Al Kindi nasceu na cidade de Wassit no ano 188 Hégira conhecido como o filósofo dos árabes na idade média, Cardano considerou Al Kindi como uma das doze mentes mais brilhantes da idade média. Ele pertence ao grupo dos grandes cientistas muçulmanos que fizeram contribuições valiosas em muitos campos da ciência, Al Kindi era um filósofo, astrônomo, médico, matemático, físico, engenheiro e geógrafo; era também um perito na música.

Viveu na cidade de Kufa, Basra e Bagdá, seu pai trabalhou para Califa Harun Al Rashid, estudou com os sábios e os livros dos antecessores, ficou famoso e os Califas começaram a procurá-lo, os invejosos nutriam por ele inimizade e fizeram com que as pessoas o criticassem, incompatibilizando-o com os Governantes.

Passou sua longa carreira em Bagdá e foi um contemporâneo dos Califas Abássidas; Al Mutawakkil, de Al Mamoun e de Al Mu'tasim, morreu durante o reino de Al M'utamid. Ele se sobressaiu em ciência natural e foi o pioneiro em muitos assuntos importantes.

Os conhecimentos que ele legou foram:
A influência das longas distâncias na miragem;
Que a luz não necessita de tempo em sua viagem;
Que os planetas giram ao redor do Sol do Ocidente para o Oriente (verdade que ninguém conhecia até então);
Sobre a dilatação do corpo em temperaturas quentes e o encolhimento no frio;
Sobre as causas que ocasionam a chuva
Que o sol é maior do que a terra e que está é maior do que a lua.

“Al Kindi tinha uma mente científica liberal, ele rejeitou a teoria que afirmava haver possibilidade de se transformar metais baratos em metais nobres como o ouro e a prata, ele escreveu um livro chamado ‘‘Cuidado Com o Golpe dos Alquimistas”, rejeitando tal teoria.

Ele explicou o método de extração do almíscar em que proporção é usada nas reações químicas, ele cita um grande número de reações químicas, como filtrar, destilação, mineralogia, fabricação de espadas, coloração e proteção contra ferrugem. 


Ele escreveu muitos livros em vários campos do saber, dentre suas obras temos:
Astronomia: Teorias Astronômicas;
Matemática: Tese da Dedução de Números Primários;
Álgebra: Livro da Divisão do Triângulo e do Retângulo;
Medicina: Livro Sobre Alimentos e Remédios e Tratamento de baço;
Química: Tese Sobre a Composição do Atar e Pedras Preciosas.

Wednesday, July 18, 2012

Abu Abdullah Muhammad Ibn Musa Al-Khwarizmi, O Fundador Da Álgebra


Abu Abdullah Muhammad Ibn Musa al-Khwarizmi , nasceu em Khawarizm (Khiva), no sul da cidade do rio Oxus no Uzbequistão atual, seus pais migraram para um lugar ao sul de Bagdá quando era criança, a data exata de seu nascimento não é conhecida. 

Viveu na época do califa Abássida Al Ma'mum, no século IX da era cristã, sabe-se que ele morreu em 846, trabalhou na biblioteca formada por Harum Ar Rachid pai de Al Ma'mum, denominada casa da ciência, na qual foram reunidas todas as obras científicas da antigüidade. 

Era a época das grandes traduções para o Árabe das ciências gregas, hindus, persas, etc. Seu livro que eternizou seu nome é o Kitab Al Mukhtassar Fi Hissab Al Jabr Wal Mukabala (livro do cálculo Algébrico e confrontação), que não somente deu o nome de Álgebra a está ciência, em seu significado moderno, mas abriu uma nova era da matemática. 

Al Khawarizmi estabeleceu seis tipos de equações algébricas que ele mesmo solucionou em seu livro, o nome de Al Khawarizmi, em espanhol ''guarismo'', que ao passar para o francês se tornou logarithme, deu origem ao termo moderno Logaritmos. 

Ele foi o primeiro a escrever sobre a álgebra, depois dele veio Abu Kamil Shuja Ibn Aslam, muitos outros seguiram seus passos, seu livro sobre os seis problemas de álgebra é um dos melhores sobre este assunto, muitos autores da Andaluzia fizeram bons comentários sobre o seu livro, sendo um dos melhores exemplos o de Al Qurashi. 

Enfim, grandes matemáticos do oriente muçulmano aumentaram o número de equações de seis para vinte, para todas acharam soluções fundadas em sólidas demonstrações geométricas. A incógnita nas equações algébricas era denominada pelos matemáticos muçulmanos como ''xay'' (coisa), notadamente na álgebra de Ômar Khayyam, que ao ser transcrita xay pelos espanhóis, deu origem ao X da álgebra moderna. Outra obra de Al Khawarizmi que exerceu grande influência é a introdução do cálculo hindu no mundo islâmico, o que posteriormente foi ampliado e aprofundado por outros matemáticos muçulmanos que o seguiram. 

Deve-se também a Al Khawarizmi um tratado de geometria, tábuas astronômicas e outros trabalhos em geografia, como o seu livro Suratul Ardh (imagem da Terra). Ele foi um dos astrônomos que participaram da operação Geodésica mais delicada de sua época; a medição do comprimento de um grau terrestre, isso já no século IX, o objetivo era determinar, na suposição de que a terra era redonda, o tamanho desta e sua circunferência. 

A operação realizada na planície ao norte do Eufrates e também perto de Palmira indicou 91.176 metros como comprimento de um grau do meridiano, um resultado extremamente acurado, pois excede o comprimento real do grau nesse lugar de apenas 877 metros, ele foi e sempre será uma das maiores capacidades cientificas do Islã.